Texto e foto de Freddy Januahria Macedo – Jornalista Profissional MTb 65.658/ DRT-SP
O advogado Paulo Buzato, presidente da Subseção Bandeirantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Paraná), concedeu entrevista ao Programa Operação Cidade, 1ª edição da Rádio Cabiúna, emissora AM de Bandeirantes, na quinta-feira (13/08/2015), destacando a nota de repúdio da OAB pelo parecer do deputado Ricardo Barros (PP-PR) apresentado na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara Federal, favorável a projetos de lei que extinguem o Exame de Ordem para o exercício da advocacia.
O presidente da OAB Bandeirantes falou sobre as diversas tentativas de extinção do tradicional “Exame”, que serve de argumento para outras categorias profissionais, como engenheiros e médicos que trabalham para implantar seleção semelhante para graduados exercerem suas atividades. O advogado Buzato esclareceu ainda que, “a OAB não quer reserva de mercado, o exame visa proteger a sociedade de maus profissionais”.
Respondendo a prováveis argumentos dos responsáveis pela apresentação da iniciativa parlamentar em extinguir o “Exame da Ordem”, tais como a não exigência de registro OAB para profissionais, Bacharéis em Direito que atuam na Magistratura… Procuradorias… Ministério Público entre outros, o responsável pela OAB Bandeirantes fez esclarecimentos de forma didática, para que a população seja devidamente esclarecida sobre cada uma das situações. Explicou sobre experiência necessária para um bacharel em direito ingressar na escola da Magistratura e as incompatibilidades de funções diversas com o exercício da advocacia, que certamente torna-se desnecessário o registro na entidade.
O advogado Buzato reiterou e ratificou a nota oficial da OAB em que “repudia o parecer do deputado paranaense favorável a extinção do exame”. Classificou de “irresponsável e inconsequente a pretensão de extinguir com um dos melhores filtros para o exercício qualificado da advocacia”, completou dizendo que, “a aprovação parlamentar do projeto permitirá que pessoas com pouca qualificação, desprovidas de conhecimento técnico adequados exerçam a profissão em detrimento dos bons serviços que devem atender a sociedade”.
Quanto a ações da OAB sobre o assunto, o advogado bandeirantense afirmou que haverá mobilização dos profissionais e da entidade, nas 47 subseções do Estado do Paraná, assim como a busca de apoio de políticos das diversas estâncias de governo para interceder pela manutenção do “Exame da ordem”.